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Water

Julian Soler

A JULIAN SOLER, empresa especialista na produção de sumos de uva, tinha pleno conhecimento de que o efluente resultante da produção de mosto concentrado é extremamente problemático para a depuração biológica.

Problema

A JULIAN SOLER, empresa especialista na produção de sumos de uva, tinha pleno conhecimento de que o efluente resultante da produção de mosto concentrado é extremamente problemático para a depuração biológica. Isto por ter tendência para desenvolver uma grande quantidade de bulking devido à elevada concentração de sulfitos (compostos tóxicos) – associados a uma elevada variação na Demanda Química de Oxigénio (DQO) -, que são facilmente biodegradáveis, mas têm défice de nutrientes.

Na sua maioria, a matéria orgânica que contém provém de açúcares, o que a torna facilmente biodegradável. No entanto, os sulfitos têm propriedades inibidoras do metabolismo microbiano, pelo que é fundamental realizar a oxidação dos sulfitos para sulfatos no efluente antes de entrarem no reator biológico. Por conseguinte, o processo tem de ser controlado de forma rigorosa.

Antes do novo sistema disponibilizado pela Bondalti Water |Aema para resolver o problema da empresa JULIAN SOLER, a oxidação era realizada através da adição de peróxido de hidrogénio (agente oxidante). No entanto, os elevados consumos de reagentes penalizaram, em grande medida, os custos operacionais associados a esta ETAR.

Solução Proposta

A Bondalti Water |Aema implementou uma solução que complementou o sistema de depuração com um inovador sistema de oxidação de sulfitos por aeração na presença de um catalisador, para o qual foram selecionados e investigados diversos catalisadores, tendo sido escolhido o mais eficaz. Este método de oxidação utiliza o oxigénio como oxidante e também um catalisador para acelerar a reação. O custo da adição do catalisador é inferior ao do fornecimento direto de água oxigenada. A adição de água oxigenada foi mantida como sistema de aperfeiçoamento ou para contrariar as sobrecargas. Desta forma, a Bondalti Water |Aema conseguiu:

  • Reduzir os custos operacionais do tratamento de águas;
  • Melhorar a conceção da instalação através de uma instrumentação avançada e uma programação eficiente para controlo do processo (scada);
  • Otimizar os parâmetros de controlo do processo para conseguir estabilizar e automatizar o processo de depuração com custos operacionais inferiores aos habituais.

Resultados

A experimentação realizada na JULIAN SOLER incluiu ensaios em laboratório e ensaios na fábrica.

Em primeiro lugar, foram realizados ensaios de oxidação no laboratório, com aeração e diversos catalisadores, tendo sido selecionado o manganês, quer foi testado quanto à não toxicidade no sistema biológico. Para este efeito, foi simulado um SBR (Sequencing Batch Reactor) em laboratório e foi diariamente introduzida água como catalisador, tendo sido retirada uma amostra depurada (de acordo com o funcionamento de um SBR). Ficou assim demonstrado que o catalisador não é tóxico.

Tendo sido observado que o manganês não é tóxico ao nível biológico, foi realizado o teste do catalisador diretamente na fábrica. Os resultados foram bons e verificou-se que o catalisador em questão não é tóxico para o sistema biológico.

Na parte final do trabalho, ficou comprovado na fábrica que a instalação funciona bem com a carga máxima (durante a época da vindima).

Foi feita uma validação da fábrica durante 30 dias consecutivos da campanha, para a qual os engenheiros da Bondalti Water |Aema mantiveram as instruções dadas durante a experimentação relativamente à oxidação de sulfitos e cumpriram os parâmetros de saída da ETAR exigidos pela administração.

A JULIAN SOLER tinha como métrica de sucesso que o desempenho de poupança atingisse os 80%, e a Bondalti Water |Aema conseguiu ficar dentro dessa margem no cálculo geral de validação ao alcançar uma poupança entre 81 e 83%.

A Bondalti Water |Aema conseguiu cumprir os requisitos de poupança e melhoria da ETAR esperados pela JULIAN SOLER, ao resolver os seus problemas e disponibilizar-lhe uma instalação com as capacidades necessárias para cumprir os parâmetros de saída da ETAR exigidos pela administração.

A produção de águas residuais é o aspeto ambiental mais relevante da atividade das adegas e destilarias. Isto devido, por um lado, aos elevados volumes gerados e à carga poluente associada aos mesmos e, por outro, à sazonalidade dos seus efluentes em função da colheita da fruta (uva).

Área
Tratamento de águas

Projeto/cliente
Julian Soler

Área De Atividade
Produção de mosto concentrado

Tema/desafio
Como evitar o bulking devido à elevada concentração de sulfitos