O projeto da Bondalti para a produção de hidrogénio no Complexo Químico de Estarreja obteve o estatuto de “Projeto Importante de Interesse Europeu Comum” (em inglês, IPCEI) atribuído pela Comissão Europeia.
Denominado H2Enable, e também integrado nas agendas mobilizadoras do PRR (Programa de Recuperação e Resiliência) com um investimento estimado de 142 milhões de euros até 2026, o projeto liderado pela Bondalti, e incluindo outros parceiros, como a Air Liquide, Faculdade de Engenharia do Porto, APQuímica e HyLab, consiste na construção de uma infraestrutura para a produção de hidrogénio verde no Complexo Químico de Estarreja.
O H2Enable alinha com as metas europeias de descarbonização e reindustrialização, assentando em tecnologias avançadas, inteligentes e eficientes, no baixo impacto ambiental, na orientação para produtos mais qualificados e de maior valor acrescentado, assim como nos princípios de circularidade.
O projeto visa principalmente a descarbonização das operações da Bondalti, nomeadamente na produção de Anilina, em linha com as metas da Companhia de alcançar a neutralidade carbónica e utilizar energia com origem 100% renovável até 2030. O H2Enable permitirá igualmente a produção para venda direta no mercado, nomeadamente através da injeção na rede nacional de gás natural e no sector da mobilidade, contribuindo para o posicionamento competitivo de Portugal nas energias verdes e alinhado com os objetivos da Comissão Europeia do RePowerEU.
“Esta notificação por parte da Comissão Europeia representa o reconhecimento da validade e competência do projeto liderado pela Bondalti na cadeia do hidrogénio, assim como do seu caráter estratégico para as metas de descarbonização definidas por Portugal e Europa até 2050. Com esta validação da União Europeia, é dado um passo importante para a concretização do H2Enable”, comentou João de Mello, presidente do Conselho de Administração da Bondalti.